Você, empreendedor, sabe se tem uma empresa lucrativa ou não? Bem, esta é uma informação vital para seu negócio. Para descobrir a resposta, é importante levar em consideração fatores financeiros, comerciais e aspectos do mercado de atuação. Entre eles, podemos destacar os cálculos de custos e receitas, os níveis de lucro que podem ser aplicados sobre os produtos oferecidos ao consumidor, os preços praticados etc.
Esses itens devem ser avaliados tanto na hora de estipular as margens de lucratividade dos seus produtos e negócio, quanto na hora de analisar outras empresas para investir ou decidir se vale a pena entrar em seus segmentos.
Para ajudar você a fazer uma avaliação criteriosa sobre a empresa, visando perceber seu valor e definir se é lucrativa ou não, separamos alguns critérios para serem observados. Confira:
Faturamento: como calcular e por que fazê-lo?
É necessário calcular e mensurar adequadamente o faturamento do negócio, pois isso é essencial até mesmo para melhorar seu processo de vendas caso as receitas estejam abaixo do esperado.
É preciso ter uma boa noção do faturamento para conseguir descobrir qual o lucro do empreendimento, pois ele, basicamente, é composto de todas as receitas menos os custos das operações, gestão e tributos.
Inicialmente, quando você retira dessa quantia o valor das devoluções, descontos e impostos diretos sobre vendas, você obtém o lucro bruto. Removendo os custos de produção ou operacionais do lucro bruto, sobre o lucro operacional bruto.
Esses valores devem ser colocados em percentuais, para entender quais são as margens de lucratividade bruta e operacional bruta, o que é conseguido pelos cálculos:
- margem de lucro bruto = (lucro bruto / receitas totais) x 100.
- margem de lucro operacional bruto = (lucro operacional bruto / receitas totais) x 100.
Para entender melhor, veja um exemplo de lucro operacional bruto: um pequeno negócio possui faturamento de R$ 10.000, tendo custos de R$ 5.000. Subtraindo um valor do outro, temos um lucro operacional bruto de R$ 5.000. Fazendo o cálculo acima, veremos que a margem operacional bruta é de 50%.
Despesas gerais: como organizar e manter um controle?
Um dos principais desafios para o empreendedor lidar é a organização das despesas do negócio, objetivando um controle mais apurado e eficaz. Isso é extremamente importante, pois afeta diretamente a lucratividade.
Aliás, existem duas formas de se aumentar o lucro de um empreendimento: elevando as receitas ou cortando e otimizando custos. Para conseguir essa diminuição, é fundamental adotar ferramentas de controle, como sistemas gerenciais, indicadores e buscar reduzir desperdícios.
Negociar com fornecedores preços mais vantajosos também é importante. Neste ponto, vale a pena refletir se não é melhor pagar insumos em menores prazos do que arcar com juros devido a parcelamentos extensos, pois isso eleva os custos.
Receitas: qual a necessidade de classificá-las?
É importante classificar as suas receitas para entender de onde vem a maior parte do faturamento e para saber quais atividades geram os maiores lucros. Com isso, você poderá saber se algum produto ou serviço não está tendo lucro ou, pior, gerando prejuízos.
Lucro: como calcular?
Vimos acima o lucro bruto, porém há ainda o lucro líquido. Enquanto o primeiro é obtido com a diminuição dos custos operacionais (insumos, mão de obra etc.) do faturamento, o segundo resulta do lucro bruto menos gastos indiretos. Entre eles, temos impostos, pagamento de contas de água, luz, internet e telefone) e outras despesas que não possuem ligação direta com a produção.
Resumindo, obtém-se o lucro líquido de um serviço/produto a partir do lucro bruto menos tributação e despesas variáveis e fixas. Para conseguir a margem líquida, você precisa dividir essa quantia pelo valor total da receita. O cálculo é:
- margem líquida = (lucro líquido depois dos tributos / receita total) x 100.
DRE: qual a importância de analisar?
Um Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é uma ferramenta usada para verificar a lucratividade da empresa. Ele mostra um resumo dos resultados das atividades não operacionais e operacionais do empreendimento.
Por meio dele, é possível analisar lucros, receitas e despesas, inclusive valores ainda não recebidos e pagamentos ainda não realizados por conta de parcelamentos.
Ele é estruturado seguindo uma lógica de análise, a qual é construída em etapas que especificam o resultado bruto, o resultado operacional e o resultado líquido.
Veja o resumo esquemático de um DRE abaixo:
- Faturamento (receitas de vendas)
- (-) Custos/gastos/tributos diretos sobre vendas
- (=) Resultado Bruto ou lucro bruto
- (-) Despesas Operacionais
- (=) Resultado Operacional ou lucro operacional
- (-) Impostos – IRPJ e CSLL
- (=) Resultado Líquido (ou lucro ou prejuízo líquido)
Analisando os fatores acima, você poderá evitar problemas na hora de avaliar a lucratividade do seu negócio ou de outro empreendimento, podendo tomar decisões mais acertadas. Além disso, é importante observá-los periodicamente para mensurar se os lucros estão abaixo, conforme ou acima do esperado.
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