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Portal dos Administradores – Jun/2015

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By prosphera 18 de maio de 2016 Finanças,Negócios

Modelos de Negócio

 

1- O que são ferramentas de modelagem para negócios?

As ferramentas de modelagem de negócios utilizam foram desenvolvidos para organizar o pensamento na concepção de um novo negócio ou revisão de um negócio atual. Existem várias ferramentas que foram criadas nos últimos anos com o intuito de facilitar o processo criativo e viabilidade de um negócio amplamente utilizado por empreendedores, sejam eles marinheiros de primeira viagem ou empresários experientes. Eles de alguma forma criam uma metodologia ao buscar necessidades e oportunidades e transforma-los me negócios que tragam lucratividade e crescimento.

 

2 – Quais as melhores ferramentas de modelagem atualmente existentes? (aqui vocês podem detalhar as ferramentas e como elas funcionam. O texto pode ser bem elaborado, pois é a parte principal da matéria e, claro, daremos os créditos ao autor).

Podemos descrever o principio de algumas delas que hoje são amplamente utilizadas, faremos uma explicação breve de cada modelo até porque se despertar o interesse, o leitor poderá buscar a bibliografia para se aprofundar nos modelos de negócio. Podemos começar pelo CANVAS, ferramenta criada por Alex Osterwalder e Yves Pigneur, onde uma painel é dividido em 9  áreas, definidas como componentes em busca de atender 4 pontos principais de um negócio. Através do modelo mental onde explora a criatividade e inovação, intercala as informações e dados em nestas 9 áreas, que são: proposta de valor, segmento de clientes, canais, relacionamento com clientes, recursos-chave, parceria-chave, atividades-chave, estrutura de custo e fontes de renda. Os 4 pontos principais são: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.

Utilizando-se de post-it[1] – sim aquele adesivo para anotação de recados,- você poderá fazer as perguntas e anotar as respostas no post-it e começar a fazer ligações e correspondências mentais de como o negócio precisa para entregar a proposta de valor ao seu público-alvo. Essa entrega da proposta de valor será o diferencial da futura empresa diante de seus concorrentes. Para se aprofundar no modelo Canvas de negócio, procure o livro referencia de Alexander[2].

Outra ferramenta é o Design Thinking, difundido pela escola D.School fundada por Hasso Plattner. Este modelo baseado no processo criativo dos designers onde a figura central é a pessoa e a resolução de seus problemas, sejam eles emocional, cognitiva ou estética e também o bem-estar na vida dessa pessoa, considerando aspectos da sua vida no lazer, trabalho, relacionamentos e cultura.

Este modelo se baseada na multidisciplinaridade onde os problemas podem ser observados por experiências e perspectivas diferentes, nele não se busca a unanimidade de uma grupo de opiniões e sim os extremos, os pontos fora da curva, onde podem inspirar a novas produtos e serviços e com isso inovar nos negócios. De forma bem sintetizada, o Design Thinking e dividido em três partes, apesar de não ter um raciocínio linear, nem ordem de prioridade. São elas a fase de imersão, ideação e prototipação. No primeiro, na imersão a equipe busca o contexto dos problemas e o ponto de vista dos clientes e da empresa e técnicas de pesquisas emprestadas da área de psicologia, antropologia e marketing. Depois de coletada as informações passamos para a analise e síntese, onde os cartões com os dados coletados são organizados para encontrar padrões e permitir a melhor compreensão do problema de diversos ângulos. Quando o processo permite a equipe essa compreensão, passamos para a segunda parte de ideação, onde a criatividade começa a fazer conexões inovadoras para a solução dos problemas. Utilizando uma técnica das agências de publicidade, o brainstorming na equipe gera centenas de possibilidades onde a mente tem liberdade de oferecer qualquer sugestão sem censura ou fatores que bloqueiam a ideia. Neste momento a quantidade e liberdade de pensamento são fatores importantes para sair do lugar comum. Após a seleção das melhores ideias chegamos a fase de prototipação, onde faremos a validação das ideias geradas, transformar a ideia em realidade, alguns autores chamam também de projeto piloto, onde a ideia é colocada em prática em um escala menor com o intuito de observar seu funcionamento, identificar falhas e aprimorar a ideia. Para se aprofundar na modelagem de negócios pelo Design Thinking, temos a referencia de Tim Brown [1].

Outro modelo utilizado é o plano de negócio, com o objetivo de planejar um novo negócio ou revisar algum existente. Ele permite a estruturação com maiores detalhes e busca organizar a ideia do modelo de negócio em algo com detalhes de objetivo, estruturação, viabilidade e lucratividade. É uma ferramenta muito utilizada para busca de sócios e investidores. Existem diversos modelos de plano de negócio, mas podemos citar algumas fases deste processo de desenvolvimento como: analise de mercado, plano de marketing, plano operacional, plano financeiro, construção de cenários, estratégias e avaliação. É interessante que o empreendedor cuja área de conhecimento seja especifica e por muitas vezes não tem abrangência das diversas áreas do conhecimento que uma empresa necessita, por exemplo, um empreendedor que sabe encontrar uma oportunidade e consegue vender com facilidade não encontrará dificuldade para desenvolver o plano de marketing entretanto no momento de precificação do produto ou serviço talvez não saiba identificar todos os custos envolvidos, depreciação e calculo da hora/homem para chegar ao preço de venda. Por este motivo o plano de negócio seja uma excelente ferramenta para o empreendedor visualizar as áreas que exigirá esforço ou busca de apoio para complementar seu modelo de negócio. Como referencia indicamos a cartilha do Sebrae Como Elaborar um Plano de Negócio[1]

 

3 – Quais os principais problemas de se utilizar tais ferramentas?

Essas ferramentas podem trazer viés na compreensão dos problemas e na criação de um modelo de negócio. Por exemplo, ao criar um ambiente de coleta e analise de informações o grupo de pessoas a ser pesquisada por ser influenciada ou a amostra não representar o público-alvo, para exemplificar podemos fazer um estudo onde as pessoas que querem ter sua alto estima ampliada com o uso de alimentação a base de suplementos e exercícios. Imagine que se faça a pesquisa e levantamento de informações em academias esportivas e depois ofereça ao publico em geral as ideias desenvolvidas. Claramente exagerei no exemplo, mas para alertar quanto a base do estudo pode levar a conclusões erradas.

Outro problema é simplificar demais o conceito de modelo de negócio sem levar em consideração a questão comportamental do empresário, como por exemplo, seu conhecimento sobre o assunto, experiência, liderança, redes de relacionamento, persistência, auto confiança, entre outros comportamentos empreendedores fundamentais para sustentabilidade do negócio.

 

4 – Quais os principais benefícios?

É uma forma de organizar o pensamento na busca de uma oportunidade de negócio. Comparado aos processo de desenvolvimento de negócio tradicional é muito mais ágil e rápido para visualizar a ideia. Permite a reflexão e busca de informações para compreensão das necessidades e desejos das pessoas e com base nesta experiência e prática destas ferramentas inovar no mercado com olhar fora do comum e fomentar o empreendedorismo na melhoria e crescimento do pais. Tem uma linguagem que facilita a compreensão do processo de desenvolvimento de um novo negócio e as áreas envolvidas para o sucesso dele. Com as mídias sociais e facilidade da internet são ferramentas amplamente conhecidas e divulgadas que estimulam os novos negócios no mundo inteiro.

 

5 – Quais são os custos? Eles valem os benefícios?

Os custos envolvidos são baixos se comparados a época que se desenvolviam produtos e serviços e depois de lançados eram mensurados seu fracasso ou sucesso no mercado. Não que essas ferramentas de modelagem de negócio seja a provas de falha, mas permite investir menos e aprimorar a ideia, seja em um prototipagem ou projeto piloto, antes que os investimentos maiores e mobilização de esforço seja dispendioso e prejudicial a viabilidade econômica do empreendimento.

 

6 – Como essas ferramentas estão sendo utilizadas no Brasil? Já são bem adotadas?

No Brasil 6 de cada 10 querem abrir uma empresa  nos próximos 5 anos, segundo o Jornal Hoje do canal Globo[1]. Esse número e outros como da GEM Monitor onde 3 de cada 10 brasileiros tem ou estão envolvidos na abertura de uma empresa[2] revela o grande interesse do brasileiro em ter um negócio próprio, por este motivo acredito que a procura por ferramentas que possibilitem a transformação de um sonho em realidade sejam procuradas e utilizada. Tanto o Sebrae como o Endeavor, referencias e empreendedorismo no Brasil tem propostas de cursos para utilizar ferramentas de modelagem. No Sebrae o curso se chama “Transforme sua ideia em um modelo de negócio” e na Endeavor tem o curso “Aprenda como inovar e criar um negócio com alto potencial de crescimento” que explica os modelos de negócio. As faculdades e universidades há muitos anos tem suas em sua grade extra curricular cursos com esse tema, por exemplo a Fundação Getulio Vargas tem o “Workshop Project Model Canvas” [3], a ESPM tem o curso de “Inovação & Design Thinking”[4] no CIC – Centro de Inovação e Criatividade. Apenas com esses exemplos podemos observar como o meio acadêmico assim como as instituições de fomento ao empreendedorismo tem utilizado essas ferramentas no Brasil.

 

7 – O que é design Thinking? Qual a sua função?

Explicada na questão 2.

 

8 – Como ele deve ser implementado nas empresas?

No caso do Design Thinking nas empresas seria para identificar e criar novos produtos e serviços ou aprimorar os existentes. Normalmente uma equipe é formada e após o conhecimento da metodologia definem o escopo do projeto de desenvolvimento, as necessidades e problemas do publico alvo e o interesse mercadológico da empresa. Após esses estudos preliminares, começa o processo conforme descrito de imersão, ideação e prototipação.

 

9 – Quais os benefícios da utilização do DT para o desenvolvimento empresarial?

Acredito na importância da desburocratização do processo criativo e o ganho na agilidade da  inovação com custos reduzidos e volume de ideias que podem se tornar lucrativas para a empresa. Ele pode ser aplicado tanto para buscar novas oportunidades fora da empresa ou ser aplicado dentro da empresa em novas ideias para reduzir custos e aumentar a produtividade.  Se pensarmos de forma mais ampla,  o DT tem a pretensão de popularizar o modo como os problemas podem ser revistos e novas soluções encontradas, criando uma ruptura dos padrões concebidos pelo nosso modelo mental.

 

[1] Post-it é um produto de marca registrada da 3M

[2] OSTERWALDER, Alexander e PIGNEUR, Yves. Business Model Generation. Inovação em

Modelos de Negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.

[3] BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas idéias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

[4] Como elaborar um plano de negócios, Sebrae, 2013.

[5] Fonte em 14/06/2015 em http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/04/6-em-cada-10-brasileiros-quem-abrir-uma-empresa-nos-proximos-5-anos.html

[6] Fonte em 14/06/2015 http://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/Empreendedorismo-atrai-tr%C3%AAs-em-cada-dez-brasileiros

[7] Fonte em 14/06/15 em http://www.pmcanvas.com.br/pmcanvas-sp/

[8] Fonte em 14/06/15 em http://www2.espm.br/cursos/espm-sao-paulo/inovacao-design-thinking

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