Matéria no Jornal de Negócios SEBRAE em Março de 2016 com nosso diretor Haroldo Eiji Matsumoto sobre dicas para planejar bem.
“Entre dezenas de exemplos, vi uma empresa crescer de 20 para 400 colaboradores e seu faturamento crescer junto em 16 anos de planejamento e execução. Também pude acompanhar e ter a satisfação de uma empresa que no ano passado, mesmo com todas as queixas do mercado, cumpriu sua meta de crescer 35% em 2 anos de execução do planejado, entre inicio de 2014 até final de 2015, onde a maioria do mesmo setor teve queda de 10% no mesmo período. Como eles conseguiram? Seguindo os seis fatores que citei nesse artigo”.
Planejamento para pequenas empresas se tornarem grandes
A ideia do futuro da empresa por muitas vezes tira o sono do empreendedor brasileiro. Desafiado pelas leis que regem os negócios, a burocracia e muitas vezes a concorrência desleal, o empreendedor se sente acuado e cada dia parece ser uma luta e faz de tudo para vencer. O problema neste caso não é o esforço e batalha diária, o maior problema é ele se desdobrar, sacrificar dias e meses e no final do período não conseguir seu desejo de crescer, obter o lucro que proporcione melhores condições para seus colaboradores ou qualidade de vida para si e sua família.
Será possível planejar com tantas incertezas, ainda mais com a tendência negativa para este ano? Confira as Seis dicas para se planejar bem com fatores que vi e aprendi:
Por muito tempo li e conheci conceitos sobre marketing e planejamento e sempre parava na execução. Entre mais de 3.600 empresas que tive a oportunidade de conhecer e saber como foi possível executar o planejado, aquilo que foi previsto e o que de fato aconteceu.
1º O empreendedor buscou ou encontrou uma oportunidade que dentro do seu negócio poderia ter margem de lucro maior ou sair antes dos concorrentes ao atender uma necessidade ou desejo do seu cliente. A grande verdade: se você fizer mais barato algo que tem demanda ou uma qualidade/atendimento superior ao que era esperado de um segmento, bingo! Sucesso garantido, por algum tempo…Digo algum tempo, porque o mercado é muito dinâmico, a loja premium de paleta mexicana que ontem fazia fila, hoje vende de posto de gasolina a banca de jornal. A busca por oportunidade tira o empreendedor da zona de conforto.
2º O empreendedor buscou informações sobre seu desempenho comparado ao seu concorrente. Algo óbvio, mas na prática poucos sabiam a deficiência do seu concorrente e as vantagens que tinham sobre eles, aqueles que detinham esse conhecimento saia anos na frente. Uma coisa é entrar no mercado de restaurante japonês quando tem dois rodízios na região, outra é saber que já tem vinte de a la carte a self servisse.
3º O objetivo estava muito claro para o empreendedor e sua equipe. Esse objetivo é medido por algum indicador e tinha o prazo para que isso acontecesse. Por trás deste número, existe o sonho compartilhado com a equipe e quanto mais esse empreendedor envolvia sua equipe mais comprometida ela ficava. Hoje sei que isso se chama propósito, objetivo sem propósito é um belo número que enfeita a planilha.
4º As pessoas, neste item poderíamos ficar por muito tempo, pois aqui esta o que vai fazer diferença. Não são equipamentos, dinheiro ou poder que torna um negócio próspero. Pessoas tornam negócios prósperos e tenho um aprendizado que vivi na consultoria: sozinho você consegue faturar 10, 20, 30 mil reais por mês, depois para superar isso vai precisar de pessoas e quando isso acontece você tem o difícil caminho de sair do dia a dia do operacional e se tornar líder e influenciar as pessoas para o bem comum de crescer juntos e construir uma empresa sólida e sustentável. Como eles se tornam líderes? Humildade, foco em resultado, inspiração, determinação, paciência, reconhecimento, honestidade e acompanhamento – no jargão do mercado o famoso feedback.
5º Ferramentas apropriadas. Meu pai me dizia que para cada tarefa eu devia usar a ferramenta certa quando me viu usar um martelo com pano enrolado e bater na minha bicicleta ao invés do martelo de borracha. As empresas que conheci com resultados superiores sabiam quais ferramentas obteriam os melhores resultados e neste caso não era questão de caixa para investir e sim investir no que era certo: sistema de ERP era certo, usar uma Hilux para entrega não era; criar programa de PLR para equipe era certo, fazer churrasco sem motivo todo mês não era.
6º Claro e detalhado plano de execução. Para cada área da empresa o empreendedor e junto com a sua equipe tinham as áreas com as ações necessárias para que aquele objetivo (propósito) fosse concluído. Assim eles dividiam as ações em tarefas individuais, com responsáveis, recursos necessários e data para iniciar e terminar com os resultados esperados. Eles acompanham dia após dia até que cada tarefa fosse executada e as pessoas tivessem seu devido reconhecimento. Aquilo que não era atingido, a diretoria junto com seus gerentes e ideia de todos, buscavam respostas de como fazer mais com menos, ser mais ágil e com qualidade superior e menor preço de venda.
matéria completa em: http://www.slideshare.net/diordiu1/jornal-sebrae-grande-abc
Haroldo Eiji Matsumoto é diretor da Prosphera Educação Corporativa, formado em propaganda e marketing pela ESPM, pós-graduado em comunicação pela Escola de Comunicação da USP, especialista em marketing e estratégias empresarial.
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